Frida Kahlo
Muitas representações da artista, feminista, bissexual e revolucionária política Frida Kahlo não mostram uma parte da sua vida que a torna uma inspiração muito mais representativa e plural. Frida era uma pessoa com deficiência física.
Nascida em 6 de julho de 1907 em Coyoacán, na Cidade do México, aos 6 anos de idade, ela contrai poliomielite, que lhe deixa como sequela o pé direito atrofiado, uma perna mais fina e o bullying sofrido, que lhe faz tentar esconder sua deficiência com sobreposição de meias e sapatos de salto alto ainda criança e saiões que a acompanharam como identidade por toda a vida. Aos 18, sofre um acidente de ônibus no qual sua coluna e outras partes do corpo se quebram. Por um erro médico e uma recuperação não assistida, é levada a viver uma vida bem debilitada, usando vários coletes ortopédicos e lhe custando cerca de 32 cirurgias ao longo da vida.
Frida não podia ter filhos, ainda que fosse um grande desejo, e viveu um relacionamento abusivo com o muralista Diego Rivera. Em seu diário ela desabafa: “Diego, houve dois grandes acidentes na minha vida: o ônibus e você. Você sem dúvida foi o pior deles”. Entre idas e vindas, eles se casaram duas vezes. Na segunda, sob a condição imposta por Frida, de não fazerem mais sexo e dividirem todas as despesas.
Frida e Diego |
Obra de autoria da Frida Kahlo |
Aos 47 anos, em 13 de julho de 1954, morre em sua casa azul a alegre, melancólica, forte, irreverente, sarcástica, transgressora, doce, sentimental e intensa Frida, por embolia pulmonar em decorrência de uma pneumonia.
Sua casa hoje abriga a Casa-Azul ou Museu Frida Kahlo, dedicado à sua vida e obra, e onde estão as cinzas de seu corpo.
Arte em colagem de Maria Rosa |
Fonte:
Herrera, Hayden. Frida
- a biografia. 1. Ed. São Paulo: Editora Globo, 2016