Frida Kahlo - artista, feminista, bissexual e revolucionária política

junho 07, 2023

 Frida Kahlo



 Muitas representações da artista, feminista, bissexual e revolucionária política Frida Kahlo não mostram uma parte da sua vida que a torna uma inspiração muito mais representativa e plural. Frida era uma pessoa com deficiência física. 

Nascida em 6 de julho de 1907 em Coyoacán, na Cidade do México, aos 6 anos de idade, ela contrai poliomielite, que lhe deixa como sequela o pé direito atrofiado, uma perna mais fina e o bullying sofrido, que lhe faz tentar esconder sua deficiência com sobreposição de meias e sapatos de salto alto ainda criança e saiões que a acompanharam como identidade por toda a vida. Aos 18, sofre um acidente de ônibus no qual sua coluna e outras partes do corpo se quebram. Por um erro médico e uma recuperação não assistida, é levada a viver uma vida bem debilitada, usando vários coletes ortopédicos e lhe custando cerca de 32 cirurgias ao longo da vida.



Frida não podia ter filhos, ainda que fosse um grande desejo, e viveu um relacionamento abusivo com o muralista Diego Rivera. Em seu diário ela desabafa: “Diego, houve dois grandes acidentes na minha vida: o ônibus e você. Você sem dúvida foi o pior deles”. Entre idas e vindas, eles se casaram duas vezes. Na segunda, sob a condição imposta por Frida, de não fazerem mais sexo e dividirem todas as despesas.

Frida e Diego
Pintora aclamada pela crítica e admirada por grandes nomes da arte, na Europa e nos Estados Unidos, em meio a suas dores do corpo, uma de suas realizações foi ter seu trabalho reconhecido no seu país de origem, já no fim da vida.

Obra de autoria da Frida Kahlo
Em 1953, ela participou de uma grande exposição independente em que fez questão de estar presente mesmo deitada em uma cama. 



Após sua última cirurgia, que lhe amputou uma das pernas e toda sua energia e vontade de viver, Frida tentou suicídio algumas vezes: “Amputaram-me a perna há 6 meses, deram-me séculos de tortura e há momentos em que quase perco a razão. Continuo querendo me matar”.

Aos 47 anos, em 13 de julho de 1954, morre em sua casa azul a alegre, melancólica, forte, irreverente, sarcástica, transgressora, doce, sentimental e intensa Frida, por embolia pulmonar em decorrência de uma pneumonia. 

Sua casa hoje abriga a Casa-Azul ou Museu Frida Kahlo, dedicado à sua vida e obra, e onde estão as cinzas de seu corpo.

Arte em colagem de Maria Rosa


Fonte:

Herrera, Hayden. Frida - a biografia. 1. Ed. São Paulo: Editora Globo, 2016


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