Mulheres de luta



Representações e re-existências  que transpassam o tempo, potencializando nossa voz e ressignificando nossa história.

Represento através da arte, contando histórias e resignificando nossa fala, mulheres que por racismo e/ou machismo foram apagadas e por sua vez, não tiveram ou não tem escuta dentro da nossa sociedade.  Exalto mulheres de força, que foram e são extremamente importante para o nosso crescimento como mulher e como mulher negra.

Abaixo alguns nomes que já foram representados ou ainda são:


AQUALTUNE

 

Rainha e guerreira, Aqualtune é um dos principais nome da resistência afro-brasileira contra a escravidão e o racismo.

No Brasil, a fama de Aqualtune entre a população negra era grande. Seu passado e sua realeza no Congo foram importantes para que em Palmares ela logo assumisse novamente uma posição de liderança. A partir das tradições de sua cultura, comandou o maior Quilombo da história brasileira.

Aqualtune é mãe de Ganga Zumba, um dos maiores líderes da luta pela liberdade negra e avó de Zumbi, que é talvez o maior líder da luta contra a escravidão. 

Sua força será sempre uma referência para nós, mulheres. 





ANGELA DAVIS

Professora e escritora socialista, Angela Davis se resume em uma palavra. Luta. Militante contra a segregação racial nos EUA, foi personagem de um dos mais polêmicos e famosos julgamentos criminais da recente história dos Estados Unidos.


Foi membra do Partido Comunista dos Estados Unidos e dos Panteras Negras, grupo que lutava contra a segregação racial e por direitos igualitários. 


Foi presa em 1970 sob a acusação de crimes como sequestro, assassinato e conspiração. Seu julgamento durou 18 meses, sendo inocentada de todos os crimes que fora acusada. 


Como escritora, evidencia a luta e as dificuldades em torno do Feminismo Negro, a segregação racial e é uma ótima referência para quem quer estudar sobre os movimentos negros.



ANTONIETA DE BARROS

Antonieta de Barros foi uma mulher à frente do seu tempo. Filha de uma mulher negra que foi escravizada, foi a primeira deputada estadual negra do país e primeira deputada estadual de Santa Catarina. 


Em 1934, dois anos após o voto feminino ser permitido no país, sendo mulher, pobre e negra, conseguiu que sua voz ecoasse e se tornasse parlamentar no meio de tantas dificuldades. 


Atuou como professora, jornalista e escritora, destacando-se pela coragem de expressar suas ideias dentro de um contexto histórico que não permitia às mulheres a livre expressão.


ANASTÁCIA

"Anastácia, tu que sofrestes a maldade dos senhores de engenho e foste uma das mártires do cativeiro; Sede-nos benfeitora nos momentos de aflição e de angústia.” 


(Trecho retirado da “Oração para Anastácia”) 


Anastácia, mulher escravizada que sua existência é constantemente negada. Vestígios na terra não deixou, mas a sua história com certeza foi marcada por muita luta e resistência. Manteve-se firme e com bravura rejeitou a opressão de homens brancos. Por isso foi punida e obrigada a usar uma máscara de ferro até o fim de sua vida. É cultuada por muitos como santa milagreira.



colagem digital Bell hooks por maria rosa

 BEEL HOOKS


Bell Blair Hooks era o nome de sua bisavó materna. A autora afirma que escolheuhomenageá-la devido a seu jeito áspero e imponente de se comunicar, algo que ela sempre admirou. Mas uma curiosidade é que o seu nome como autora é escrito em letras mínúsculas: "bell hooks", segundo a própria, é para distanciar seu pseudônimo da grandeza de sua bisavó e também para dar foco ao conteúdo do livro e não a quem escreveu.

 

Durante os anos 1980-1990, foi professora em diversas universidades renomadas, como Santa Cruz, Universidade de San Francisco, Yale e etc. Em 1981, lançou sua maior obra: "E eu não sou uma mulher?: Mulheres negras e feminismo", escrito na época de sua faculdade e que discute o impacto do racismo e sexismo na vida de mulheres negras, o sistema educacional, a ideia de supremacia e patriarcado branco, a marginalização de mulheres negras e discussões de raça e classe dentro do feminismo.

 

bell hooks publicou mais de 30 livros citando tópicos sobre homens negros, patriarcado e masculinidade como forma de proteção, sexualidade, a capacidade de amar comunidades para superar as desigualdades de raça, classe e gênero, feminismo negro, pedagogia, tendo como uma de suas principais referências nesta área o pedagogo brasileiro Paulo Freire.

 

Por suas obras, foi vencedora do American Book Awards de 1991, considerado um dos maiores prêmios da literatura, foi considerada em 1992 pela Publishers Weekly com sua obra "E eu não sou uma mulher?" um dos mais influentes livros escritos por mulheres dos últimos 20 anos, ganhou o prêmio de livro infantil do ano de 2002 pela The Bank Street College, com o livro "Homemade Love", entre outros. 

 

Agora confira e aproveite para ler mais tarde algumas das obras de bell hooks: 

  • O feminismo é para todo mundo: Políticas arrebatadoras

  • Olhares Negros. Raça e Representação

  • E eu não sou uma mulher?: Mulheres negras e feminismo

  • Ensinando a transgredir: A educação como prática da liberdade

  • Teoria Feminista - Da Margem Ao Centro

  • Educação contra a barbárie: Por escolas democráticas e pela liberdade de ensinar


CHIMAMANDA NGOZI ADCHIE


“Temos um mundo cheio de mulheres que não conseguem respirar livremente porque estão condicionadas demais a assumir formas que agradem aos outros.” Chimamanda Adichie. 


Chimamanda Ngozi Adichie é uma escritora negra nigeriana reconhecida como uma das mais importantes jovens autoras anglófonas de sucesso.


Se tornou viral após trechos de seu discurso “We Should All Be Feminists” serem incorporados na música “Flawless”, de Beyoncé. Esse discurso, feito no TED Talks, em 2012, Chimamanda compartilhou sua experiência como uma africana feminista, e sua visão sobre construção de gênero e sexualidade.


Seu primeiro romance, Purple Hibiscus (Hibisco Roxo), foi publicado em 2003. O segundo, Half of a Yellow Sun (Meio Sol Amarelo), assim chamado em homenagem à bandeira da Biafra, retrata o que antecede e o que ocorre durante a guerra e ganhou o Orange Prize na categoria de ficção em 2007. 


CONCEIÇÃO EVARISTO

Nascida negra, pobre e a segunda de 9 irmãos, Conceição Evaristo é uma escritora mineira. Sendo a segunda na família a obter um diploma universitário, sua escrita mostrava com muita poesia e força a sua vivência como mulher negra. Conceição diz em uma de suas obras que sua escrita é influenciada por sua condição de mulher negra. 


E sua obra mais famosa, “Ponciá Vicêncio”, é uma obra carregada pela força de um povo que sofreu/sofre com o processo de escravidão e opressão de classe e raça, e acaba fazendo com que o leitor se afete com a leitura, provocando em si uma inquietação que possibilita pensar na/a realidade da população brasileira, pois tem em sua maioria pessoas negras que estão a todo dia lutando contra, principalmente, o racismo.


CAROLINA MARIA DE JESUS

"Tenho apenas dois anos de grupo escolar, mas procurei formar o meu caráter" 

(Trecho do livro “Quarto de Despejo: Diário De Uma Favelada” de Carolina de Jesus)


Carolina Maria de Jesus é considerada uma das primeiras e mais importantes escritoras negras do Brasil.


Ao mesmo tempo em que trabalhava como catadora de lixo, registrava seu testemunho do cotidiano da comunidade em cadernos que encontrava. Um destes cadernos, deu origem ao seu livro mais famoso, Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada, publicado em 1960 e traduzido para mais de dez idiomas.


Ainda hoje, a vida dela inspira escritores, jornalistas e até ilustradores à altura de grandes prêmios.


DANDARA

Leal ao seu propósito e sem desistir do sonho de liberdade, para si e seu povo, Dandara liderou junto a Zumbi o grande Quilombo dos Palmares. Quase não existem dados sobre sua vida, mas é descrita como uma mulher forte, que dominava técnicas da capoeira e lutou ao lado de homens e mulheres nas muitas batalhas que travou durante a sua vida. 


Em uma delas, ao ser presa, se recusou a ser escravizada novamente e suicidou-se, ao se jogar de uma pedreira. 


Dandara nos ensinou em história a nunca se submeter a nenhuma imposição e sempre ser fiéis ao nosso propósito. Sua luta foi essencial para a emancipação da comunidade negra e jamais será esquecida. 




EARTHA KITT


Quebrando paradigmas, ela foi uma das primeiras mulheres negras a fazer sucesso na tv quando se transformou na Catwoman na série Batman. Isso significou muito para o movimento negro.

A década de 60 lhe trouxe problemas quando ela assumiu ser contra a Guerra do Vietnã. Essas declarações fizeram com que ela entrasse em uma lista negra. Seu ativismo foi algo marcante e importante do ponto de vista da luta social. Fugiu para a Europa e continuou sua carreira lá. Eartha falava fluentemente 4 línguas, graças às suas gravações e apresentações em diversos países e chegou a cantar em 9 línguas diferentes.


FRIDA KAHLO

Frida Kahlo foi uma pintora surrealista fascinante, em suas obras carregadas de aflição e realidade, como a própria dizia, “não faço sonhos, mas minha própria realidade”.  

Sempre muito elogiada em suas obras, apesar de ter sido excluída de muitos livros de história da arte. Frida caminhou com suas dores e sua arte, lutando, até sua morte.

“Além de uma  das mais importantes figuras da arte no século XX, ela foi umas das personagens mais significativas no âmbito político e cultural no México. Frida Kahlo como ficou conhecida, Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderon, foi uma mulher guerreira, lutadora tanto na vida privada a qual teve que superar grandes traumas, quanto na vida social. Toda sua obra reflete esta realidade, além da pintura, também deixou um diário onde registrou suas alegrias e frustrações como seu conturbado casamento, sua saúde frágil e a impossibilidade de gerar filhos.”  Por Liane Carvalho Oleques - Mestre em Artes Visuais (UDESC, 2010) Graduada em Licenciatura em Desenho e Plástica (UFSM, 2008)


KATHERINE JOHNSON 

Ser mulher é ser sem fronteiras, desafiar todos os dias pessoas que não acreditam em seu potencial e não confiam no seu trabalho por conta de seu gênero. 

Katherine Johnson foi uma mulher que nasceu desafiando todas as fronteiras, inclusive a espacial. Nascida em agosto de 1918, nos Estados Unidos, é uma matemática e cientista que colaborou com a NASA e foi responsável pelos cálculos de trajetórias de voo que levaram o Apollo 11 à Lua em 1969.

Quem quiser conhecer mais a história dessa estrela, assista ao filme “Estrelas Além do Tempo”. 

LUPITA NYONG'O 

Lupita Nyong'o, atriz, negra e ativista, chegou a lugares inimagináveis por conta de seu amor pela atuação. Enfrentou diversas dificuldades até chegar aos cinemas, mas nunca desistiu de seu sonho e de seu propósito. 

Pelo seu amor à arte, a atriz ganhou um Óscar, mas nunca esqueceu dos passos que deu até chegar ali, nunca se esqueceu de quem era e de onde veio. Ela sempre dá voz a lutas de mulheres negras e participa de projetos, filmes, onde somos valorizados, exemplo do filme "Pantera Negra" ou que nossa história é contada, como o filme "12 anos de Escravidão".

Lupita é uma mulher de sucesso. Pode parecer pouco, mas a expressão "negros no topo", ganha a sua mais perfeita personificação. Obrigada, Lupita! 


LYUDMILA PAVLICHENKO


Responsável pela morte de mais de 300 nazistas, Lyudmila Pavlichenko foi a maior sniper da história. Com sua trajetória no exército ucraniano, seguindo seu sonho e suas vontades, recusou-se a ser uma enfermeira durante a segunda guerra mundial e atuou na linha de frente, tendo como seu melhor amigo, um rifle de longa distância. 


Lyudmila foi reconhecida e condecorada por sua atuação contra o nazismo e ao longo da sua vida foi responsável pela formação de outros atiradores profissionais. 






LUISA MAHIN


Luísa Mahin, foi uma africana erradicada no Brasil, mãe de Luís Gama, conhecido como o “Libertador de Escravos”, esteve envolvida na articulação de todas as revoltas e levantes de escravos que sacudiram a então Província da Bahia nas primeiras décadas do século XIX. Membro do povo Mahi, de onde vem seu sobrenome, Luísa Mahin comprou sua alforria em 1812.


Livre, tornou-se quituteira em Salvador. De seu tabuleiro, eram distribuídas as mensagens em árabe, através dos meninos que pretensamente com ela adquiriam quitutes. Desse modo, esteve envolvida na Revolta dos Malês (1835) e na Sabinada (1837-1838).



MARSHA P. JOHNSON


Mulher trans, ativista e precursora da luta LGBT nos Estados Unidos. Foi uma mulher que sofreu e lutou muito pelo direito à liberdade de sua sexualidade. 


Iniciou a sua transição aos 5 anos de idade, mas ao sofrer diversos tipos de assédio e opressão, decidiu não continuar e por anos apenas vislumbrava a sua liberdade de gênero. 


Após sair de sua casa e conhecer pessoas que compartilhavam de sua ideologia, Marsha começou a lutar pelos direitos da comunidade LGBT e foi uma das principais integrantes na linha de frente da Rebelião de Stonewall. 




MALALA YOUZAFZAI


Importante. Essa é a palavra que define Malala Youzafzai. Com apenas 15 anos, foi baleada em sua cabeça enquanto lutava por garantir que mulheres paquistanesas tivessem o direito de estudarem e serem mulheres instruídas. 


Onde vive, com uma  grande repressão contra mulheres, se opor ao sistema foi uma decisão perigosa, mas que mudou a sua vida e a vida de milhões de mulheres permanentemente. 

Malala foi a mulher mais jovem a ganhar um prêmio Nobel da paz. Pela luta por garantir a educação feminina paquistanesa e levar a sua voz a todos os cantos, pela luta por uma sociedade mais igualitária e livre do machismo que é absurdamente enraizado em sua cultura. Malala sobrevive, resiste e se transforma. 



MAYA ANGELOU


Pode me atirar palavras afiadas,

Dilacerar-me com seu olhar,

Você pode me matar em nome do ódio,

Mas ainda assim, como o ar, eu vou me levantar.” 

(Trecho retirado do poema “Still I Rise”, de Maya Angelou) 

A arte de Maya Angelou representa a sua capacidade de ser como uma borboleta. Nunca ninguém impediu seu vôo, mesmo com as adversidades da sua vida e nem deixou que alguém lhe dissesse que era incapaz. Ainda assim, ela se levantou (já dizia um de seus maiores sucessos poéticos) todos os dias para correr atrás do seu propósito e de sua emancipação. Essa arte representa um agradecimento. Um agradecimento político, para que todos percebam que nós, negros podemos e devemos sempre ir atrás de seus objetivos e das coisas que são importantes para si e para sua emancipação. 



NZINGA


Nzinga foi uma rainha africana que liderou seu povo contra os portugueses na época da escravidão. Articulou tratados, lidou de igual para igual contra a dominação de seu povo e conquistou enorme respeito e foi uma figura política importante durante seu reinado. 


Os reinos de Ndongo e Matamba, governados por Nzinga, foram importantes estados africanos existentes antes da chegada dos portugueses; uma sociedade hierarquizada e organizada, com domínio do comércio, metalurgia, agricultura. Atualmente, são parte do que hoje conhecemos como Angola.


Em um de seus tratados com os portugueses, converteu-se ao cristianismo, sendo batizada com o nome Ana de Souza, e ainda é tratada em alguns locais por esse nome. Mas se revoltou com os portugueses em intensas batalhas ao ver o desrespeito de líderes portugueses com seu povo. E liderou diversas revoltas em prol da proteção de seu reino. 



NINA SIMONE


Nina Simone foi uma pianista, cantora, compositora e ativista pelos direitos civis dos negros norte-americanos.


Desde muito nova sabia que seu desejo era viver de música. O Jazz, sua maior influência, foi o gênero onde entoou as mais diversas canções e com letras intensas e marcantes, expôs a realidade da comunidade negra em sua poderosíssima voz. 


Tinha uma vida pessoal turbulenta, com problemas de bipolaridade e sofria dentro de uma relação abusiva. Por conta da sua doença, por anos pausou sua carreira, pois começou a odiar o piano, o instrumento que mais amava. 


Após controlar sua bipolaridade, Nina Simone retomou a sua carreira e se tornou uma das maiores vozes do Jazz e ainda é uma inspiração na música para todos nós. 



ROSA PARKS 

Rosa Parks foi uma costureira e ativista negra norte-americana, conhecida mundialmente após negar ceder o seu lugar a uma pessoa branca em um ônibus, em dezembro de 1955, ocasionando em sua prisão, em  uma época de intensa segregação racial. 


Foi o estopim para o boicote aos ônibus de Montgomery, revolta liderada por Martin Luther King Jr., onde deu início da luta antissegregacionista nos Estados Unidos. 


Sua determinação e coragem possibilitaram que a luta contra a segregação racial tivesse força e sua atitude foi histórica, o boicote reuniu mais de 40 mil negros que se revoltaram contra o sistema, que acabou 1 ano depois, em 1956, com o fim da lei de segregação racial no transporte público.



TERESA DE BENGUELA


Teresa de Benguela foi uma líder quilombola que viveu no atual estado de Mato Grosso, no Brasil, durante o século XVIII. Com a morte de José Piolho (seu marido), Teresa se tornou a rainha do quilombo, e, sob sua liderança, a comunidade negra e indígena resistiu à escravidão por duas décadas, sobrevivendo até 1770, quando o quilombo foi destruído e a população (79 negros e 30 índios), morta ou aprisionada. Rainha Teresa comandou a estrutura política, econômica e administrativa do quilombo, mantendo um sistema de defesa com armas trocadas com os brancos ou roubadas das vilas próximas.

“Governava esse quilombo a modo de parlamento, tendo para o conselho uma casa destinada, para a qual, em dias assinalados de todas as semanas, entrava os deputados, sendo o de maior autoridade, tipo por conselheiro, José Piolho, escravo da herança do defunto Antônio Pacheco de Morais, Isso faziam, tanto que eram chamados pela rainha, que era a que presidia e que naquele negral Senado se assentava, e se executava à risca, sem apelação nem agravo.” -Anal de Vila Bela do ano de 1770.


VIOLA DAVIS


Viola Davis passou por diversas dificuldades durante a sua vida e mesmo com elas conseguiu chegar a lugares inimagináveis. A sua importância dentro do cinema e para a comunidade negra é enorme, sua arte atravessou diversas fronteiras e a principal delas é a da identificação. 


Como é difícil, para negros terem pessoas e personagens para se identificar nas telas, não é mesmo? E como é difícil enxergar-se em algum personagem que não seja parecido com você. É comum que pessoas brancas sejam maiorias nas telas e estarem em papéis de destaque, infelizmente. 


Viola Davis foi a mulher negra que mais obteve indicações ao Oscar, por atuações impecáveis. É imensurável a importância de termos essa referência em nossa vida e nossa luta. 



WHOOPI GOLDBERG 

Whoopi Goldberg (atriz e comediante de teatro, cinema e televisão, além de cantora e apresentadora) que se tornou a primeira atriz negra a obter a "Tríplice Coroa de Atuação" ganhando os mais prestigiosos prêmios de atuação dos três diferentes veículos de mídia: cinema, televisão e teatro.

ZEFERINA


Dizem sem documentação que Zeferina foi uma rainha que fundou o Quilombo do Urubu, e uma sociedade baseada em costumes africanos para proteger todo o seu povo da escravidão.

Foi uma líder com muito poder, a qual todos a referenciavam e seguiam as suas estratégias de luta. Organizou índios, escravizados, fugidos e libertos, no geral, que queriam a libertação para todos os negros na província do Salvador.


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